Ela se perdeu em um único vão momento
Uma rachadura de tempo onde seu peito quis somente respirar desarmado
E justo nesse segundo simples e puro, de guardas abertas ao vento
Luziu em seu rosto o que dizem ser o mais fino ouro
E como não poderia ser diferente: encanto
E como todas que adentram aquele templo: desejo
Não se pode culpá-la
Não se pode negá-lo
O reflexo dourado resplandecente
Ofusca os olhos de qualquer que seja
De qualquer que esteja
De qualquer aventureiro abalado
De qualquer musa de coração enferrujado
Porém nem toda luz é própria
Nem todo ouro reluz
Mas para quem fechou seu mundo
E depois quebraram as portas
Se perde no sentimento
Gasto pelo demora
E mesmo que algum cavaleiro
De terras sinceras e honrosas
Vestido todo de branco
Lhe traga vermelhas flores
Lhe salve de malfeitores
E a convide para um galope
Não lhe conquista amores
3 comentários:
"Uma rachadura de tempo onde seu peito quis somente respirar desarmado"
Pois bem, interrompido o tempo surgem os olhares, finca-se o desejo, o sentimento...
E todo cavaleiro causa-lhe medo, ainda que com flores, porque estas, também murcham... Ficam as lembranças, se há memória...
mas não se esqueça, ao menos os cavaleiros vindos de terras sinceras e honrosas... ao menos estes, são dignos de serem perdoados por seus quase poucos defeitos...
mas não é isso que a leoa quer, ela não quer devorar, prefere ser devorada... ela quer O príncipe, não precisa ser encantado... mas o artigo precisa ser maiúsculo... O... aquele e somente só.
E a humanidade se perde...
a gente só respira desarmado quando consegue entender...
bjs meus
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