Cansei de ser o malfeitor
E levar para casa
Todo o peso da culpa
Cansei dos olhos inquisitores
Das maldades quase apagadas em cochichos
Tenho nome
E sei muito bem julgar os verbos
Sou sincero em toda minha decepção
Não fui eu
Não dessa vez
Não nesta clausura
Não amassei nenhum papel de carta
Não atravessei nenhum calendário novo
Fiquei na porta a te esperar
E te esperei até o primeiro minuto do próximo dia
Mas você não me abraçou
Mas você não me amou o que dizias que amava
Você simplesmente me deixou
Dizendo que seria para sempre minha
E me trocou por uma desventura à rancor
Agora tenta ser minha
Tão presa em suas próprias réstias
Que desiste de ser Eurídice
Não protegendo o próprio amor
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