Nem que me doa
Que me exceda
Que me maltrate a pele
Nem mesmo que eu chore
Nem que me mate
Que me rasgue
Que me exploda o ventre
Nem mesmo com a noite em claro
Hoje, só por hoje
Desejarei o bem a outrem
Com toda a força da angústia que sinto
Com todo o pesar de preferir voltar para casa
Que a sorte passe e acerte outra porta
Não pense você que é loucura
Nem tão pouco filantropia
É puro egoísmo, confesso
Desejo, para que em dobro volte
2 comentários:
Olá... vi seu blog e gostei bastante, tou acompanhando.. ok? :)
e esse post em especial... sabe quando a gente pensa "ai, como eu queria ter feito isso!" pois é... ai como eu queria ter escrito isso! hihi parabéns, abraços.
"Jazz em mim"
gostei desse nome...
teu canto (blog) me traz aconchego feito jazz a meia luz acompanhada de um copo de uísque escorado em minhas coxas...
"Desça seco como asco, uísque, assim, sem gelo e sem perdão.
Não se apiede de mim, pois não quero aquietar meu coração.
Prefiro a dor aguda de um Stradivarius
e um soneto escrito a sangue e lágrimas
à melancolia tediosa de um sorriso sem fim.
Se me esfolo entre buracos e tropeços
é porque escolho os caminhos mais vivos.
Se há poesia em meus passos
é porque respiro insensatez.
Se há dança em meu sexo
é porque te improviso em meu colchão.
" Atención, corazón" - não sou rasa, transbordo.
Feito este copo de uísque escorado em minhas coxas."
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